RISINHO - O PALHACINHO MALDITO




 O pequeno Douglas era só alegria naquele novo apartamento que sua família adquiriu. Ele tinha apenas 6 anos e como tal, sua empolgação pelo novo, e todo o seu infante espíritozinho de aventura, transformava aquela aquisição de sua família numa grande festa. O mesmo corria por cada canto daquele imóvel e quando se empolgava o bastante para ficar fazendo o sofá de 'trampolim', era logo repreendido pelos seus pais. Mas não demorava para aquele garotinho ser logo perdoado. Afinal, aquele casal também estava bastante feliz por ter conseguido algo bem melhor do que aquele antigo apê tão distante do grande centro, tão caro e cheio de infiltrações, cupins, baratas e outras mazelas. E ao revirar todos os cantos daquele flat em sua peraltice, o pequeno e espoleta Douglas acaba encontrando um velho palhacinho de brinquedo, que com certeza fora esquecido por alguma criança que morava antes deles ali. E de cara aquele boneco, mesmo velho com alguns furos com seu forro de isopor moído vazando e todo sujo cheio de teias de aranha, chamou a atenção daquele menino que correu com o brinquedo para mostrar para a sua mãe. - Mãe olha só o que eu achei, mãe olha só o que eu achei...! Ele repetia empolgado e aos pulos diante de sua mãe que não consegue disfarçar muito bem o certo asco que sentira devido o aspecto daquele boneco que além de seus farrapos e sujeiras até mesmo um estranho cheiro similar ao de 'enxofre', possuía. Mas ao ver a alegria de seu filho, ela resolve sorri para o mesmo e logo, também se prontifica a costurá-lo e lavá-lo para que o garoto pudesse brincar tranquilamente com ele. O menino então vibra com o que sua mãe lhe diz e aguarda ansiosamente pela restauração de seu 'mais novo brinquedo'. Cada metro quadrado daquele flat era um novo desafio para a grande imaginação daquele pequenino. Até que finalmente sua mãe termina os reparos daquele velho boneco, e para a alegria do pequeno Douglas, ela surge com ele em mãos quando Douglas está sozinho em seu novo quarto e sua mãe chega escondida atrás da porta estendendo o boneco, o fazendo de fantoche aparecendo e também fazendo uma voz caricata que fingia ser o 'boneco falando e chamando Douglas pelo nome'. Douglas com um sorriso largo, simplesmente arranca o boneco da mãe de sua mãe tamanho sua euforia. Ela sorri e também não deixa de se espantar com a empolgação do menino que tinha o quarto repleto de brinquedos dos mais caros, 'limpos' e sofisticados, mas no entanto entre ele e aquele velho palhacinho parecia ter acontecido uma espécie de 'amor a primeira vista'. Ele abraçava, rolava e pulava com o boneco, o jogava para cima e depois o agarrava, e não demorou para o tal palhacinho ganhar um nome. 'Risinho' seria o seu nome. Sua mãe acha super meiga e engraçadinha a escolha de tal nome pelo menino, e após fazer-lhe um cafuné, o deixa com o seu mais novo amiguinho. Os dias se passam, mas a alegria daquela família com o seu novo imóvel era constante. Apenas uma coisa começava a causar estranheza nos pais do pequeno Douglas. O menino simplesmente não desgrudava daquele palhacinho que ele levava até mesmo para as refeições. Seus pais até tentavam falar para o menino deixar de lado o tal boneco pelo menos quando este estivesse à mesa, mas o menino era irredutível e seu apego já chegava a níveis tão mórbidos, que ele já começava a dizer que Risinho conversava com ele quando os dois ficavam a sós e até mesmo piruetas e outras 'pantomimas' circenses o tal bonequinho fazia para que ele sorrisse. Os pais do garoto a princípio achavam graça do que julgavam um grande 'prodígio' da imaginação fértil do filho, mas por outro lado também não deixavam de começar a se preocupar com esse apego do mesmo com aquele velho boneco. Mais dias se passam, e Douglas continuava dizendo que Risinho conversava e muito com ele. E numa dessas vezes, a mãe de Douglas consegue, de forma escondida observa Douglas em seu quarto a conversar com aquele boneco. Ela ficou ali por alguns minutos, porém, como de se esperar, era apenas o pequeno Douglas que falava, não existindo assim qualquer inteiração por parte daquele velho boneco nas pequenas mãos daquele menino. Ela então entra no quarto e resolve interromper a brincadeira de Douglas para conversar seriamente sobre essa história do mesmo conversar com aquele boneco inanimado, sem vida e obviamente 'mudo' devido a isso. Douglas se mantém cabisbaixo e um tanto frustrado com a recusa de sua mãe para entender que Risinho realmente tinha vida e que inclusive não se chamava Risinho. Na verdade seu nome era Ricardo e ele tinha 22 anos quando ainda era um ser humano antes do 'bicho-papão' o levar. A mãe se impressionava com o que ela julgava imaginação de Douglas, mas quando este resolve lhe mostrar um estranho corte feito em forma de cruz que ele fizera atra´s da mão, ela logo se alarma e pergunta o que era aquilo. E o inocente Douglas lhe responde que aquilo era parte do 'vitual' que Ricardo, agora como ele dizia que Risinho se chamava, o ensinou. Sua inocente condição de infante não o permitia falar direito, mas a mãe de Douglas entendeu perfeitamente que o que ele queria dizer na verdade era 'ritual'. nesta hora ela toma o boneco de Douglas o joga longe e a base de safanões o repreende para que ele parasse de brincar com 'aquilo'. Douglas chora com a repreensão e quando se desvencilha de sua brava mãe corre para pegar o boneco e sai dali, deixando-a gritá-lo ainda brava com aquela situação. Quando o menino é alcançado, ele é levado pelos pais ao médico, onde chegando se constata outras marcas em formas de cruz pelo corpo do garoto. O casal se desespera com aquilo apesar do pequeno Douglas em sua inocência se manter tranquilo e se mostra totalmente alheio a todo aquele alarde. O médico faz alguns check up e receita algumas pomadas para passar naqueles cortes, mas também ao tomar conhecimento daquela estranha história alerta o casal para que estes procurem um psicólogo ou algum 'terapeuta infantil' para cuidar do caso. E ouvindo tal conselho, eles tratam logo de afastar Douglas daquele boneco. Numa distração do menino, eles conseguem esconder o palhacinho num local que julgam de difícil acesso para aquele pequenino. Douglas não demora a dar falta do brinquedo e começa a se desesperar e a chorar ignorando assim, totalmente os apelos e aconselhamentos daqueles dois. Sem aquele boneco, Douglas em suas birras começa a ficar arredio e a se recusar a comer. Sua mãe quase não suporta ver o filho daquele jeito, mas com o apoio do marido consegue ser forte e manter o rigor daquele pequeno castigo que lhe aplicava com o afastamento daquele boneco. Mas é quando, inacreditavelmente num certo dia, ao passar em frente a porta do quarto de Douglas, para a sua grande surpresa, ela se depara com o mesmo brincando aquele palhacinho novamente. Mas como ele conseguira encontrar e pegar aquele palhaço escondido no quarto dela e no alto daquele guarda-roupa que não tinha qualquer jeito do pequeno Douglas conseguir alcançar. Ela vai lá e dessa vez entre em luta com o menino para tirar aquele palhacinho dele. Ela puxa o boneco por um braço, e birrento, Douglas o puxa por outro. E para mais surpresa daquela mãe, o menino além de se mostrar arredio, começa a insultá-la com palavrões dos mais cabeludos e muitos dos quais nem ela e nem o pai dele proferiam dentro de casa para não influenciá-lo negativamente. Com quem ele aprendera aquele linguajar tão chulo e toda aquela rebeldia? Era o que ela pensava enquanto lutava com ele. Até que naquele 'puxa-puxa', o inevitável acontece e aquele boneco acaba se partindo para desespero do pequeno Douglas que profere ainda mais palavrões abrindo o berreiro e ao sair dali, empurrando a sua mãe quando esta o tenta consolar. Ela o torna a chamar, mas inutilmente. Com as partes daquele palhacinho em mãos, agora ela se sentia culpada e pensava em alguma forma de reparar aquilo. E com isso, o seu 'coração de mãe' acaba falando mais alto, e ela acaba resolvendo consertar mais uma vez aquele palhacinho e assim fazer as pazes com o seu filho. E la então o faz, e o surpreende com aquele boneco todo remendado que ela assim que o entrega, chega a se comover com aquela cena do forte abraço que Douglas dá em seu palhacinho. Com isso, o pequeno Douglas acaba se aclamando por um tempo mesmo que ainda insistindo em não desgrudar daquele palhaço que também era levado para a sua escolinha pelo mesmo. Os pais acabam aos poucos se acostumando com a ideia e até a procura por um psicólogo, por uns tempos fora tirada de cogitação. Eles conseguem até ignorar quando mais uma vez à mesa com aquele boneco, o inocente Douglas aos risos comenta que o palhaço Ricardinho mandou dizer a mãe que se o partisse de novo como ela fizera naquela briga no quarto, este faria o mesmo não só com ela, mas com toda a família. Apesar de um tanto mórbida de mais tal declaração tida como brincadeira daquele menino, os pais relevam. Até que mais uma vez aqueles dois resolvem aprontar, mas desta vez na escola. Um de seus coleguinhas resolveu insistir para que Douglas o emprestasse o seu Palhacinho, mas o mesmo se negara e com isso alguma confusão se deu durante aquele recreio na qual o tal garoto acabou caindo ou sendo jogado no chão e assim ao bater com a cabeça, o mesmo acabou desfalecendo e indo para no hospital. O palhacinho de Douglas acabou arrependido pela diretora que também chamou os pais de Douglas para conversar. A confusão foi tremenda naquela reunião daqueles pais tanto de Douglas quanto o do menino hospitalizado. Quando perguntado, Douglas não falava outra coisa, a não que aquilo fora obra do 'palhaço Ricardinho' que não gostou de ser levado por aquele garoto. E é claro que ninguém acreditava. Aquela reunião ficou num certo impasse apesar dos pais de Douglas pagar o tratamento do garoto hospitalizado. Mas O palhaço Ricardinho ficaria apreendido na diretoria. Douglas se esperneia e xinga a todos, mas acaba tendo que se conformar. Chegando em casa os pais têm mais uma conversa com Douglas que continuava a afirmar veementemente que todas aquelas peraltices e até aqueles xingamentos fora o palhaço Ricardinho que lhe ensinara. Sua mãe chora com toda aquela situação e sendo assim, mais uma vez o psicólogo volta a ser cogitado para resolver aquela questão. Horas depois chega a hora do jantar. E a mesa aqueles pais têm mais surpresas com o pequeno Douglas. O garoto começa a falar o que o tal palhaço Ricardinho achava de seus pais. A mãe de Douglas ainda chorosa dá leve sorriso quando o menino diz que Ricardinho a achava uma morena muito linda. Ela tentando se conformar com aquilo que ela julgava já uma loucura do filho mando o mesmo agradecer ao palhaço com uma voz meio trêmula. Mas a tristeza volta aquela mesa quando o garoto que mal tinha saído das fraudas começa a falar coisas um tanto obscenas. O garoto diz que o palhaço Ricardinho o mandou perguntar se ela já deu aquela bundona gostosa dela para o seu pai e como se não fosse o bastante ele ainda diz que quando o palhacinho estava guardado escondido no alo daquele guarda roupa, este ficou vendo tudo quando o casal mantinha relação, e ainda diz que quando ele não estava no corpo desse palhacinho e 'era um ser humano', seu membro ou 'piu-piu' como aquele inocente garoto chamava, era bem 'gande' como o próprio garoto dizia ou seja maior que o do pai de Douglas. E isso fora a gota d'água para o pai de Douglas que interrompe o jantar para encher o filho de palmadas. A mãe de Douglas ainda tenta inutilmente interferir, mas não teve jeito, pois na cabeça daquele homem se sentindo aviltado pelo próprio filho, ele tinha que fazer alguma coisa. Mais dias se passam e quando a mãe do pequeno Douglas ao limpar o quarto do mesmo, sente um cheiro horrível vindo do guarda-roupa, ela se desespera quando dá de cara o corpinho do pequeno hamster que pertencia a Douglas, desaparecido há alguns dias e que se encontrava ali decapitado ao lado de várias pinturas mais uma vez daquelas cruzes que eram feitas de seu próprio sangue e se encontravam espalhadas por várias partes do interior daquele móvel. Ela grita pondo a mão em sua boca, e também estupefata, dá-lhe mais um safanão quando encontra o filho que só repetia que era o 'vitual', era o 'vitual'...e que o palhacinho foi quem o mandou fazer. Nisso ela também lembra de uma vizinha reclamando sobre o desaparecimento de seu gato siamês, e logo também imagina que o filho poderia também ter alguma coisa a ver com isso. Ela então decide tomar providências e assim Douglas começa a ser levado a um psicólogo. O Mesmo faz várias perguntas ao menino de uma forma bem apropriada a idade do mesmo e tenta da melhor forma tranquilizar aqueles pais lhes receitando algumas formas de lidar com o que o menino estava passando, além de alguns remédios. Também é sabido durante esse tempo, que a diretora da escolinha de Douglas fora assassinada por um assassino misterioso que vazou os seus olhos com um lápis, cortou a jugular da mesma e deixou uma estranha marca em forma de cruz em sua testa, bem similar àquela que o pequeno Douglas fez em si mesmo meses antes. Todos inclusive a família de Douglas, ficaram horrorizados com o fato. E quando a mãe de Douglas soube da estranha marca deixada pelo assassino na testa daquela mulher, curiosa com a semelhança daquela marca com aquela encontrada no filho, ela resolve investigar quem era o antigo proprietário daquele flat onde eles moram atualmente e assim conseguir descobrir quem também seria o antigo dono daquele palhacinho maldito que inacreditavelmente desaparecera do armário daquela diretoria. E pesquisando aqui e ali com cada vizinho, com o síndico e com quem fora o responsável pela venda daquele flat, a mãe de Douglas descobriu que o antigo dono eram um jovem que morava sozinho no imóvel e que para a surpresa daquela mulher, o mesmo também se chamava Ricardo ou 'Ricardinho', mesmo nome que Douglas afirmava que o palhacinho 'dizia' se chamar. Ela também descobre que o mesmo tinha alguns distúrbios provocados pelo fenômeno de pareidolia que o atormentava durante as madrugadas e numa dessas madrugadas ele também desaparecera misteriosamente. Ela quase entra em choque quando sabe de tudo isso, e as noites daqueles dias foram povoadas pelos mais bizarros e apavorantes pesadelos, não só com aquele palhacinho, mas também com uma horrenda criatura de aspecto cadavérico e cabelos desgrenhados que surgia a apavorando e também ameaçando a sua família toda. O pai de Douglas também fica boquiaberto com as descobertas da esposa, mas ele procura acalmá-la e também impedir que a histeria desta tomasse conta do já tão perturbado pequeno Douglas. E para tentar esquecer um pouco de toda aquela história, o pai de Douglas resolve dar uma festinha em família naquele apê. A mãe concorda e dias depois a festa acontece. Aqueles familiares mais próximos são chamados os irmãos de ambos os lados que levam seus filhos, priminhos de Douglas além dos pais também de ambos os lados de ambos os lados. A festa se dá tranquilamente com toda aquela confraternização entre os adultos, as brincadeiras que também se dão entre as crianças risonhas correndo de lado para outro não respeitando as recomendações de seus pais, até que as mesmas resolvem se trancar junto com Douglas em seu quarto. A festa seguia entre os adultos até que a mãe e alguns de seus irmãos dão falta dos pequeninos que estavam muito quietos naquele quarto. E assim, junto com a mãe de Douglas a irmã desta e o seu cunhado seguem até aquele quarto. Lá chegando ao notar que a porta está trancada, a mãe de Douglas resolve bater e até esmurrara a mesma ao sentir a recusa do filho em abrir. Os demais também batem a porta. E quando todos veem que ninguém quer abrir todos forçam para arrombar a mesma. E quando o fazem, a cena que encontram era a mais mórbida possível. Enquanto Douglas brincava com o seu palhaço Ricardinho que misteriosamente voltou a sua posse após desaparecer da diretoria daquela escolinha, os corpos de seus dois primos gêmeos, um casal estava ao lado caídos morto e com aquela marca de cruz na testa como a do cadáver da diretora. Diante daquela cena terrível todos se desesperam, mas a mãe de Douglas simplesmente enlouquece. Nada mais fazia sentido para ela. O que acontecera com aquelas crianças...? Teria sido Douglas ou mesmo o palhacinho, o culpado por aquelas mortes?! A coisa virou caso de polícia. A mãe de Douglas agora precisando de cuidados em sua loucura, além de se recusar a acreditar que fora o filho que fizera aquilo, também já achava que aquele bonequinho realmente poderia ser autor daquilo. Quando Douglas era perguntado de uma forma apropriada por alguns daqueles agentes numa salinha especial da delegacia, este dizia coisas que não fazia qualquer sentido para aqueles incrédulos agentes da lei. Segundo ele, o sacrifício de seus primos gêmeos era o que o palhaço Ricardinho precisaria para que sua alma finalmente deixasse limbo que existia no interior daquele boneco junto a todo aquele isopor picado que o preenchia. o pai de Douglas também se mostrava transtornado e sem saber o que fazer em meio a toda aquela situação. Quando finalmente o laudo da morte daquelas crianças sai se conclui que o que elas tiveram fora um estranho e inexplicável 'mal súbito'. A mãe do pequeno Douglas, mesmo com tal explicação para o acontecido, acaba surtando e indo parar numa clínica onde receberia tratamentos psicológicos. O pai se torna depressivo com toda essa situação. Ele acaba se tornando dependente dos remédios mais pesados e assim tenta tocar a vida como pode ficando sozinho com o pequeno Douglas e aquele 'palhacinho do mal'. Douglas ainda não desgrudava daquele boneco e até parecia alheio a tudo o que acontecera ao seu redor. O seu pai, um tanto 'desgostoso' já não se incomodava em ver o filho a 'falar sozinho' com aquele boneco. Mas certo dia quando ele se punha a ver TV, coisa que sua condição depressiva fazia com que ele nem prestasse a atenção no que assistia, Douglas e seu palhacinho resolve se aproximar de seu distante pai para mais uma vez dizer daquelas coisas estranhas que supostamente o boneco lhe 'mandara falar'. O pai de Douglas se mantém quieto e com aquele olhar distante, mas de repente uma certa ira com tudo aquilo vem à tona e faz com aquele homem totalmente enlouquecido pegasse aqueles dois seguissem até a varanda daquele apê e dali os arremessasse no chão há vários 'andares de distância'. Lá no chão o corpinho do pequeno Douglas mesmo sem vida ainda permanecia agarrado ao palhacinho. Seu pai acaba preso por isso e assim, aquela família é simplesmente destruída. O apê é isolado pela polícia e quando alguns destes agentes ainda rondavam por ali para fazer outras perícias, um deles nota uma estranha presença num daqueles cômodos. Pela estatura poderia ser algum roedor, mas 'pelos cantos dos olhos', ele conseguira notar que o tal vulto ainda era um pouquinho maior. Já um pouco apreensivo, aquele policial chega a sacar sua pistola para ir atrás daquele vulto que rapidamente some embaixo da cama que seria de Douglas. O policial ainda chega a se abaixar para ver sem fazer a mínima a ideia de que tal vulto era o do palhaço Risinho ou Ricardinho que ali na escuridão embaixo daquela caminha o espreitava. O policial então nota o boneco e resolve pegá-lo. E quando já o tem em mãos ele chama os demais para mostrar o que ele achou. -Esse daí não era o brinquedo que o garoto tava abraçado...como é que ele veio parar aqui?! Pergunta um de seus colegas. Ele vai para a perícia? Pergunta um outro. O palhacinho se mantém imóvel e inofensivo enquanto aquele policial que achou disfarçadamente o esconde para que o superior não veja, e aos risos diz que o levaria para a filha, que ele sabia que iria adorar aquele boneco. Dias depois ao chegar de mais um dia difícil na delegacia, aquele policial é recebido por um grande salto em seu colo e acompanhado por um caloroso e amoroso abraço de sua filhinha Natacha, que com aquele palhacinho na mão ainda se mostrava bem contente com aquele presente. O policial com ela em seu colo, cativado por aquele sorrisinho banguela após aquela sucessão de beijos em sua garotinha, é surpreendido pela mesma que lhe diz que aquele palhacinho falava e conversava bastante com ela. O policial além de achar muito engraçadinho julga que aquilo fosse obra da imaginação da pequenina que continuava a falar sobre o palhacinho que segundo ela, lhe disse que se chamava Douglas. E ao ouvir isso, o policial se espanta já que se tratava do mesmo nome de seu antigo dono assassinado pelo próprio pai naquele caso que ele trabalhou e de onde trouxe tal boneco.

Comentários