Quando eu era criança muitas eram as 'artes' que eu aprontava. Brincava de praticamente tudo e 'com tudo'. E numa dessas reinações, a brincadeira que mais gostei de fazer era uma que envolvia 'sombras'. Com minha própria sombra eu reproduzia as mais variadas imagens, chegando até mesmo a assustar minha pequena irmã, conseguindo reproduzir o que se parecia com um 'lobo mau'. Tudo começou quando certa vez faltou luz lá em casa. Era um dia de tempestade, muito silêncio, e como tal, nada para se fazer, e foi aí que tive a ideia de brincar fazendo figuras com minha própria sombra num canto da parede. E não parei mais desde então! E eu não só criava aquelas figuras à meia-luz, mas também 'interagia' com as mesmas, dando-lhes 'vida'. E aquilo obviamente começava a preocupar minha mãe, pois tarde da noite, esta podia me ouvir de seu quarto conversar com aqueles personagens que criava em minha parede. Ela me repreendia, pois, vinda de uma família religiosa, de acordo com os ensinamentos que recebera, tais coisas, como brincar e conversar com a própria sombra, 'não eram muito boas de se fazer'. Eu, mesmo ouvindo e vendo coisas caírem sozinhas pelo quarto, ouvir o que pareciam ser vozes 'me chamando' sendo que ninguém o fazia, também obviamente, não dei a mínima e seguia com aquela minha 'brincadeira sombria' até me cansar e finalmente resolver dormir. E um certo dia, mais uma vez a luz faltou, e como da outra vez, foram horas e horas sem energia. E ali em todo aquele 'marasmo', à luz de vela, segui fazendo minhas figurinhas. Faço uma, duas, até que um vulto de uma mulher que 'parecia ser minha mãe', me chama a atenção. Olho mais uma vez, mas tal vulto já não estava mais ali. Minha sombra também pareceu ter feito um movimento 'diferente' daquele que eu estava fazendo, mas não liguei e continuei brincando até finalmente me recolher. E sem muito sono devido àquele desconforto da falta de energia, me virando de um lado para outro, no que deveriam ser mais ou menos 'umas três e pouco' da madrugada, sinto de novo a presença daquele vulto, mas que desta vez surge acompanhado e bem ali na beira da minha cama. Era algo inexplicável e assustador. Vultos do que parecia ser uma 'família de sombras' se juntavam a me observar insistentemente. Eu queria gritar, rezar, me mexer, mas meu medo me impedia, e tudo o que eu pudia era torcer para que aquela vela, já no 'cotoco', não se apagasse. E quando chegavam mais e mais daquelas 'sombras humanoides' que 'emergiam' das paredes, do chão e entravam até pelas 'frestas' da porta, coincidente e milagrosamente a luz(esquecida ligada antes de sua falta) retorna tomando todo o meu quarto e fazendo com que aquelas figuras desaparecessem. Neste exato momento, eu finalmente consegui soltar meu grito que fez com que meus pais viessem a meu socorro. Depois daquele dia após vários nos quais tive que convencer meus pais a me deixarem dormir com eles, nunca mais brinquei com minha sombra e tais criaturas também nunca mais apareceram.
Quando eu era criança muitas eram as 'artes' que eu aprontava. Brincava de praticamente tudo e 'com tudo'. E numa dessas reinações, a brincadeira que mais gostei de fazer era uma que envolvia 'sombras'. Com minha própria sombra eu reproduzia as mais variadas imagens, chegando até mesmo a assustar minha pequena irmã, conseguindo reproduzir o que se parecia com um 'lobo mau'. Tudo começou quando certa vez faltou luz lá em casa. Era um dia de tempestade, muito silêncio, e como tal, nada para se fazer, e foi aí que tive a ideia de brincar fazendo figuras com minha própria sombra num canto da parede. E não parei mais desde então! E eu não só criava aquelas figuras à meia-luz, mas também 'interagia' com as mesmas, dando-lhes 'vida'. E aquilo obviamente começava a preocupar minha mãe, pois tarde da noite, esta podia me ouvir de seu quarto conversar com aqueles personagens que criava em minha parede. Ela me repreendia, pois, vinda de uma família religiosa, de acordo com os ensinamentos que recebera, tais coisas, como brincar e conversar com a própria sombra, 'não eram muito boas de se fazer'. Eu, mesmo ouvindo e vendo coisas caírem sozinhas pelo quarto, ouvir o que pareciam ser vozes 'me chamando' sendo que ninguém o fazia, também obviamente, não dei a mínima e seguia com aquela minha 'brincadeira sombria' até me cansar e finalmente resolver dormir. E um certo dia, mais uma vez a luz faltou, e como da outra vez, foram horas e horas sem energia. E ali em todo aquele 'marasmo', à luz de vela, segui fazendo minhas figurinhas. Faço uma, duas, até que um vulto de uma mulher que 'parecia ser minha mãe', me chama a atenção. Olho mais uma vez, mas tal vulto já não estava mais ali. Minha sombra também pareceu ter feito um movimento 'diferente' daquele que eu estava fazendo, mas não liguei e continuei brincando até finalmente me recolher. E sem muito sono devido àquele desconforto da falta de energia, me virando de um lado para outro, no que deveriam ser mais ou menos 'umas três e pouco' da madrugada, sinto de novo a presença daquele vulto, mas que desta vez surge acompanhado e bem ali na beira da minha cama. Era algo inexplicável e assustador. Vultos do que parecia ser uma 'família de sombras' se juntavam a me observar insistentemente. Eu queria gritar, rezar, me mexer, mas meu medo me impedia, e tudo o que eu pudia era torcer para que aquela vela, já no 'cotoco', não se apagasse. E quando chegavam mais e mais daquelas 'sombras humanoides' que 'emergiam' das paredes, do chão e entravam até pelas 'frestas' da porta, coincidente e milagrosamente a luz(esquecida ligada antes de sua falta) retorna tomando todo o meu quarto e fazendo com que aquelas figuras desaparecessem. Neste exato momento, eu finalmente consegui soltar meu grito que fez com que meus pais viessem a meu socorro. Depois daquele dia após vários nos quais tive que convencer meus pais a me deixarem dormir com eles, nunca mais brinquei com minha sombra e tais criaturas também nunca mais apareceram.
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